troca de comando

General nascido em São Gabriel assume o Comando Militar do Sul

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: CMS (divulgação)
O general Miotto (primeiro, à esq.) passou o comando do CSM a Stumpf (quinto, a partir da esq.). Na solenidade, também estiveram o presidente Bolsonado (ao fundo) e o general Edson Leal Pujol (entre Miotto e Stumpf)

A responsabilidade de comandar cerca de 50 mil militares, distribuídos em 160 organizações, está nas mãos de um filho da Região Central. Nascido em São Gabriel, o general de exército Valério Stumpf Trindade, 60 anos, assumiu, nesta quinta-feira, o Comando Militar do Sul (CMS), em Porto Alegre. Devido às restrições de aglomeração de pessoas por conta a pandemia do novo coronavírus, a solenidade da troca de comando ocorreu de forma interna, com poucos convidados. Estiveram na cerimônia o presidente da república, Jair Bolsonaro, o vice, Hamilton Mourão, o comandante do Exército Brasileiro (EB), general Edson Leal Pujol, e o governador do Estado, Eduardo Leite.

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Stumpf entra no lugar do general Antonio Miotto, que assumiu o CMS em 2018, e, agora, vai para a reserva, após 48 de serviços prestados às Forças Armadas. O gabrielense comandou, por cerca de dois anos, a 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (Bda C Mec), em Santiago. Desde 2019, o militar atuava como secretário de Economia e Finanças do EB.

Ele estará à frente das ações do CMS no Comando Conjunto Sul (CCjSul), a união do EB, Marinha e Força Aérea que foi organizada pelo Ministério da Defesa e tem a missão de apoiar os órgãos de segurança pública e de saúde durante a crise provocada pela Covid-19.

Assista como foi a cerimônia na íntegra:

TRAJETÓRIA
O gabrielense é filho do coronel Vilfredo de Ivanoé da Silva Trindade e de Marly Stumpf Trindade e ingressou na carreira militar em 1975, na Escola Preparatória de Cadetes. Entre diversos cursos de aperfeiçoamento, ele estudou Gerenciamento de Recursos de Defesa na Escola Naval de Pós-Graduação na cidade de Monterey, na Califórnia, nos Estados Unidos. Stumpf trabalhou, também, como observador das Forças de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

Além de ter atuado como instrutor das escolas de Agulhas Negras, Aperfeiçoamento de Oficiais e Comando do Estado-Maior do Exército, serviu como oficial do Gabinete do Comandante do Exército e foi assessor militar no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República de 1999 a 2003. Entre 2008 e 2010, Stumpf ocupou o cargo de adido militar junto à Embaixada do Brasil em Londres.

Como general, foi chefe do Centro de Operações do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, diretor de avaliações e promoções, em Brasília, e Comandante da 3ª Região Militar, que abrange a região o Rio Grande do Sul.

- É uma satisfação poder voltar onde servi por mais de 13 anos. Tive a alegria de ver, nos últimos dias, o excelente trabalho desempenhado no CSM. Conversando com o governador Eduardo Leite, ele me perguntou qual seria meu maior desafio. Eu respondi que é suceder o general Miotto, pelo ótimo trabalho que realizou - disse Stumpf, no ato de descerramento do quadro em homenagem a Miotto.

O oficial é casado com a arquiteta Cristina Schöler Trindade e tem dois filhos.

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DESPEDIDA
No último pronunciamento antes de ir, oficialmente, para a reserva, o general Miotto declamou versos da canção Veterano, de Leopoldo Rassier, em uma reflexão sobre a caminhada com a farda verde-oliva. Emocionado, o militar lembrou que, em função das obrigações da profissão, não pôde acompanhar o nascimento dos filhos e prometeu à mulher, Lola, que irá "recuperar os momentos de ausência". O general também parabenizou os militares que atuam, no momento, no combate ao coronavírus, na duplicação da BR-116 e nas operações de segurança na fronteira do Estado.

Miotto comandou a 3ª Divisão do Exército (DE), em Santa Maria, de 2013 a 2015, e coordenou a atuação dos militares da região em apoio ao poder público durante a tragédia da Boate Kiss.

BOLSONARO
Durante a solenidade, o presidente Jair Bolsonaro não fez nenhum pronunciamento oficial. Entretanto, antes do evento começar, ele conversou de forma abreve com a assessoria do CMS, e disse que era "uma honra estar na troca de comando de militares que sempre estiveram à disposição da democracia".

*Colaborou Rafael Favero

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